terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Cada vez que te vais embora fico sempre a pensar se será ou não a última vez que te vou ver, se vais mesmo embora ou se te vais apenas ausentar por uns segundos. Podes ir embora, mas não vás durante muito tempo, despede-te de mim primeiro. O que é certo é que voltas sempre e sabes sempre como me dar a volta, o que dizer na altura certa. Ou melhor, sabias. Sim, porque agora há que aprender a conjugar bem o verbo.
  Sabias como me dizer as piores coisas com uma leveza inexplicável e estavas sempre comigo no matter what.
  Agora, os tempos são outros. Quando preciso de ti já não estás lá, olho em meu redor e não te vejo. Nem sabes como me sinto sozinha quando não te tenho, meu amor. Quando não estás perco o chão, não me saêm as palavras, fico tão triste, vejo-te em todo o lado, sinto o teu cheiro, lembro-me de ti quando como chocolate Milka de morango, das tardes passadas no sofá, das pipocas cruas, da pizza queimada, das conversas intermináveis, das brincadeiras infinitas e das zangas.
   Sabes qual é a melhor coisa quando nos zangamos? Sabes, não sabes? É quando fazemos as pazes.
O que estou a tentar dizer é, que só vou ficar por perto até tu assim entenderes. Ficarei os minutos que quiseres, as horas que desejares, os meses que te apetecer e os anos que achares.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Diz-me o que quero ouvir, mas não o digas só porque sim ou porque achas que o deves dizer. Diz-me todas as coisas que deixaste de dizer há algum tempo. Diz-me que ainda sou tudo para ti, diz-me o que queres. Diz-me que tens saudades minhas, que sentes a minha falta, que pensas todos os dias em mim, que me associas às mais pequenas coisas.
  Querer e fazer são duas coisas muitos diferentes e disso percebo eu. Por muito que eu queira que faças isto ou aquilo, sei que no fundo, não o vais fazer. Queria que pelo menos pusesses o orgulho de lado e te esquecesses de ti por uns instantes, pensa mais em mim.
Por muito que eu sorria, fico sempre à beira das lágrimas.
Sei que os tempos estão difíceis, mas não desistas de mim.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Fazes-me sentir a melhor pessoa do mundo e a pior, fazes-me rir e chorar, levantas-me e voltas a deixar cair, vens e vais embora,  dizes parvoíces e ficas carrancudo, amas-me e odeias-me, queres-me perto e longe, queres-me bem e mal, pedes-me desculpa e ficas aborrecido, lembras-te e esqueces. Já nada do que digo e faço faz agora sentido para ti.
  Sempre fui um pouco instável, porém, sempre me deste a estabilidade de que precisava. Esta é uma das tantas razões por que achava que nos completávamos.
   Agora, acho que já não precisas de mim como precisavas, o que me faz sentir inútil. Se precisasses de mim como eu preciso de ti, com certeza, saberias do que falo aqui.
  Preciso de um sinal que me faça crer que ainda há esperança.
  Tudo isto para te dizer que, por muito mal que estejamos, nunca te vou virar as costas, porque ainda acredito que precisas de mim como eu preciso de ti, quero acreditar que sim.
  Não imaginámos que seria tão difícil, ninguém nos avisou.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Tempo

   O tempo tanto pode ser bom como mau, tanto pode dar para o esquecimento como para a saudade. Pessoalmente, dá-me sempre para a saudade e nunca para o esquecimento. Nunca também não, depende dos casos.
    Se estiver longe de ti, embora não falemos há algum tempo, sinto saudades, mas nunca te esqueço. Não importa se nos afastámos, não importa há quanto tempo não te vejo, não importa o quanto errámos. Importa apenas que estejas bem, esteja eu onde estiver vou estar sempre a torcer por ti e para que tudo te corra bem. Isto não é nenhuma despedida, nem quero sequer que o vejas como tal.
   Apenas quero que saibas que vives em mim por tudo o que és de bom e mau e que te amo como um todo e não como um aparte.
   Não quero que te esqueças disto e se esqueceres, eu farei questão de to lembrar todos os dias (assim como o fiz até agora).
   Depois de um dia de trabalho, quando chegas ao pé de mim estoirado e só precisas de um abraço, sabes que to vou dar, independentemente do quanto tenhas errado comigo.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Até breve

Só queria um pouco de tempo para mim, para deixar o coração de molho, chorar que nem uma madalena arrependida, fazer as coisas de que gosto e me fazem sentir bem. Não é que não o faças, mas ultimamente não vivia contigo, vivia para ti. Apesar de tudo, sei que me amas, ainda que à tua maneira. Quero acreditar que não vivi este amor sozinha e que estávamos dentro do mesmo filme. Sim, porque os filmes têm sempre uma história encantandora e a nossa era assim, tinha tudo para dar certo, tudo menos tu. 
  A única coisa que pedi fosse a quem fosse foi sinceridade, é simples. Só tinhas de ser sincero, mas não. Só vi desculpas farrapadas, que até eu, perdidamente apaixonada, via que algo não estava certo. Hoje, apercebi-me que as únicas pessoas que conseguem ser sinceras mesmo sem lhes exigirmos nada são as crianças. Não sei como o fazem mas acho que devias de aprender alguma coisa com elas. Não me entendas mal, mas há algumas coisas em ti que não percebo. Não percebo como passas na minha rua sem dizer um olá, não percebo como me vês a sofrer e finges que não se passa nada, é como ires a África e estar uma criança a pedir-te um bocado da tua sandes e tu fazeres ouvidos de marcador.
   Eu acredito que as pessoas possam mudar, chamem-me o que quiserem. Acredito também que eu contribuí para essa tua mudança e acho que acreditar é meio caminho andado. Senão acreditasse que podias mudar não te daria esta oportunidade, senão acreditasse que temos tudo para dar certo não estaria aqui a perder o meu tempo, senão acreditasse no meu amor por ti, por mim e por nós nem sequer faria este esforço, apenas o faço porque acho que vale a pena. 
  Se tu fosses uma simples aventura seria mais fácil deixar tudo para trás, sem esforço algum, contudo, o que eu e tu passámos está gravado para sempre na minha mente, quer tu queiras quer não, vais sempre ser o meu porto de abrigo, o meu melhor amigo que me ouviu até à exaustão, com quem já ri, com quem já chorei, com quem passei os melhores momentos da minha pequena grande vida. És parte de mim e vais ser sempre porque temos de estar sempre ligados um ao outro. 
   És tu que me abres os olhos e dizes que estou errada vezes sem conta, és alguém muito especial
 e toda a gente devia de ter alguém como tu. Sei que nem sempre tens tempo para mim, mas sei que posso contar contigo e que num momento de crise, estarás a meu lado e voltarás sempre. És como um anjo da guarda, andas sempre comigo.
   Como não podia deixar de ser, também tivemos as nossas zaragatas, embora não me arrependa. Não me arrependo porque sei que não deixei nada por dizer ou fazer e que os nossos pensamentos não ficaram perdidos no tempo, foram apenas de férias.

sábado, 27 de novembro de 2010

A esperança infinita

A verdade é que quando estamos apaixonados não existe nada para além disso, passamos a viver para essa pessoa, a fazer tudo por ela, mesmo que o sentimento não seja mútuo. Por momentos acreditei que isto era tudo verdade e era, pelo menos para mim.      
   Disse a mim própria que tinha de fazer algumas mudanças, mas por muito que eu mude há uma coisa que continua igual: não consigo livrar-me de ti.   
   De todas as vezes que nos chateámos, fizemos as pazes. Sabes melhor que ninguém que quando estamos chateados nada me corre bem, o dia fica mais cinzento e sem sentido algum. Também sabes que eu por ti faria tudo.     
   Sempre pensei que nunca ia aprender a viver sem ti e a verdade é que não me lembro da minha vida antes de apareceres, talvez porque antes disso eu não estava cá, ou melhor, estava só fisicamente porque o meu coração esteve sempre contigo embora o teu nem sempre estivesse comigo.
    Ensinaste-me o verbo amar, o sorrir, o  apoiar, o animar, o partilhar, o rir, o chorar, o sofrer, o ir e o voltar, mas esqueceste-te de me ensinar o verbo esquecer. Logo esse que me fazia tanta falta agora, não é que me queira esquecer de tudo o que vivemos porque isso nunca esquecerei.  Gostaria apenas de te esquecer por um segundo que fosse, só para poder pensar um pouco mais em mim e poder por a cabeça em ordem.
    Estou cansada de te querer, de te procurar, de sentir a falta do teu riso, do teu beijo, do teu abraço, das tuas palavras, de pensar se pensas em mim como eu penso em ti, de estar à tua espera, à espera de um telefonema ou até mesmo de uma simples mensagem.